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Fotossíntese

Modelo: Sinara Foss

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Sobre o Livro
Fotossíntese é o processo químico que beneficia, direta ou indiretamente, todos os seres vivos do planeta. Realizado por algas, bactérias e plantas, necessita da luz solar e de um composto orgânico chamado clorofila. As moléculas que conferem à planta a cor verde absorvem água e gás carbônico e os transformam em energia, para consumo do próprio vegetal, e em oxigênio, gás indispensável para a sobrevivência dos animais. É engenhoso. É autossuficiente, e também um processo de generosidade. Biólogos afirmam que a natureza não é, assim, tão inteligente quanto a idealização nos faz crer. É tudo bem mais simples: a natureza busca meios de desviar do que considera ameaça. E esses meios seguem o caminho mais fácil. Não se trata de um processo elaboradíssimo, como os defensores de um deus supremo, criador de todas as coisas, creem. As verdades biológicas, enfim, matam não só a religiosidade, mas também a poesia. Escritoras e escritores teimam com as verdades científicas, veem poesia na natureza. E eu poderia, aqui, me perder em reflexões a respeito do quanto a poesia desnuda ainda mais a verdade. Ou a veste com outras roupagens, outras perspectivas críticas. E nem é para ser sempre bonito, muitas vezes é para gritar, mostrar onde mais nos dói. Fotossíntese e outros processos de sobrevivência é um excelente exemplo do poder das alegorias da natureza incidindo sobre o texto literário. Sinara Foss, assim como eu e tantas outras escritoras, confiamos na capacidade reativa da natureza. Confiamos que o mato virá, um dia, retomar o espaço que lhe foi tirado. Arquitetado em três subtítulos: Fase luminosa, Fase de fixação e Rearranjo, a reunião de contos segue a organização do processo vital das plantas. A coletânea abre com o estupendo Fotossíntese, conto que traz a história de uma garota que vê brotar, a partir de seu canal auditivo, uma plantinha. Em decorrência desse acontecimento antinatural, somos conduzidos a reflexões que se chocam com questões ancestrais e outras bem contemporâneas. Mas nem só do Reino Vegetal o livro é feito. No conto a seguir, Desova, uma mulher ressentida (“até a aranha a recrimina”) vê seu impulso maternal tomar proporções inimagináveis após um encontro incomum. Os contos que seguem o fio de desenvolvimento nos localizam espacialmente: estamos em Vinha D’Alho, cidade que também ambientou Plural de fêmeas, livro de estreia de Foss. É a partir daí, desse retorno à Vinha D’Alho, que as pequenas e grandes maldades e perversões tomam corpo dentro das narrativas. Experimentando um espelhamento com Plural de fêmeas, Foss nos põe cara a cara com mulheres que reagem após anos de humilhações. Mas não só, em Fotossíntese e outros processos de sobrevivência, a natureza revida, mostra ao bicho homem sua pequenez frente a tudo aquilo que ele não compreende e, por isso, não respeita. “Odiava mulheres que argumentavam com a voz aguda pelo choro”, diz o narrador do conto Marcador de páginas, a primeira de muitas incursões à metalinguagem que a autora empreende. É um movimento interessante que nos leva, adiante no livro, a ler outros dois pontos de vista a respeito da mesma história. Há, também, a exploração da perplexidade frente à morte, mostrada com base na reação da personagem do conto Badaladas. Há o peso da tecnologia se impondo sobre as escolhas, como no conto GPS. E há o estranho, o esmagamento de uma realidade a ponto de fazê-la tocar o absurdo, como em Olhos na estrada. Foss, assim, como Nara, personagem do conto Peste, é irmã das árvores. Junto-me às duas no sentimento de catarse que experimentamos cada vez que a natureza revida. Comemoramos quando, num grande efeito de metalinguagem, Zuleica encontra o livro e o salva do fogo. É na parte final, Rearranjo, que se percebe a redenção. A inocência do humano enquanto criança, um olhar que não teve tempo de ser corrompido por esse mundo em que as urgências diárias se sobrepõem ao que é perene e sobreviverá a nós. O conto No reino do gelo finaliza a coletânea com o olhar gentil que permite alguma esperança. Irka Barrios
Sobre o Autor Sobre a Editora Características

Sinara Foss nasceu no interior de Santo Antônio, cidade entre a capital do RS, a serra e o mar. Como os avós paternos falavam alemão o tempo todo em casa, sempre se interessou por línguas estrangeiras. Formou-se em Tradutor e Intérprete – Inglês e Alemão pela PUCRS. É Especialista e Mestra em Literaturas de Língua Inglesa pela UFRGS. Desde jovem publica livros com a temática de defesa dos animais. Tem duas filhas. Luta pela natureza, é vegetariana por convicção há mais de quinze anos, tem muitos gatos e cães resgatados das ruas, que considera como filhos. Diz-se mãe dos animais e irmã das árvores. Trabalha como tradutora e professora de inglês.

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