Alteridade
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- Calcular freteAdmirador da natureza, o poeta captura o que há de mais simples e sublime na obra do Criador. Já dizia Nietzsche que o que os sentidos apreciam, o que o espírito conhece, nunca em si tem seu fim, por isso Paulo explora em seus poemas a sinestesia, aguça no leitor as mais variadas sensações. A passagem do tempo e a forma como cada um aproveita a vida são, também, fortes características da poesia do Paulo. Nos versos dele, o embalo não vem da rima, mas das idas e vindas do pensamento enquanto viajamos para dentro de nós. A presente obra está dividida em duas partes. Na primeira, somos convidados a apreciar o que há de mais belo ao nosso redor, a valorizar cada ruído, cada aroma, cada sensação que o meio em que estamos possa nos proporcionar. Nessa fase, grita nos versos a influência dos heterônimos especialmente a de Alberto Caeiro de Fernando Pessoa, escritor brilhante e completo, que faz da Filosofia um ingrediente indispensável para uma completa experiência de vida. Cheios de inquietações e de humildade, os versos de Paulo nos tiram da zona de conforto e nos fazem encarar nossas escolhas: temos parado para contemplar o que nos é oferecido ou estamos apenas existindo, presos ao piloto automático do sistema que insiste em nos manter sob controle? Temos respeitado nossos gostos, temos nos permitido contemplar a beleza das coisas, sem nos cobrar a produção em tempo integral? É com muita humildade que o poeta incita a reflexão. Paulo tem em mente o que um de seus poetas prediletos, Alberto Caeiro, afirma: Eu nem sequer sou poeta: vejo. Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: O valor está ali, nos meus versos. Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade?. Os versos são livres, e são eles que têm o poder de fazer parar, de fazer pensar. Seus escritos são atemporais, porque contemplam o que é comum ao homem de qualquer época: o autoconhecimento, a contemplação da natureza, o respeito por si e pelo outro, o amor, o desejo, as renúncias...
Paulo José Schmidt Brachtvogel nasceu em Itapiranga/ SC, Brasil, em 22 de setembro de 1980, é poeta, técnico em transações imobiliárias, acadêmico do curso de História e aficionado por Filosofia. Começou a escrever em 2009, mas suas publicações só iniciaram em 2020, durante o período da pandemia. Atualmente, mora na cidade de Dois Irmãos/RS. É colaborador da Revista Digital Escape e da página Corvo Literário, editor da página de poemas Lúcida Loucura, tem seus textos publicados, periodicamente, no jornal local, além disso, o escritor já participou de três antologias.