Essa história pode ser lida de muitas formas, como muita coisa pode acontecer ao longo de quatro anos. Diogo está descobrindo isso enquanto vive, sem nenhum manual de instrução.
É 2012 e ele está em Mangaratiba no litoral do Rio de Janeiro vivendo uma greve e descobrindo o amor com Gabriel — o garoto que, inexplicavelmente, fica irresistível de short tactel e regata. Já em 2013, a volta à Universidade em Juiz de Fora/MG exige equilíbrio entre estudos, manifestações de rua e recomeços.
Do outro lado do Atlântico, em 2014, Diogo se joga nas viagens e nos encontros de aplicativos. Até que 2015, em Brasília, traz a dura realidade de que ele está sozinho agora, tendo que se a ver com os fantasmas de todas essas mudanças.
Conhecemos esses lugares e tempos simultaneamente em Tem local: um romance sobre amadurecimento, paixões, cultura lgbtqia+ e política.
“Eu lembrei bem do sorriso de garoto que sai do mar sem perceber que perdeu as conchas que guardou no short. As conchas se perdendo entre linhas e ondas. Fazendo flutuar bem devagar até o fundo. Se misturando com areia molhada. E por falar em mistura, lembrei dos nossos corpos misturados na canga azul ou nos colchões na sala. A nossa história que se mistura às histórias dos filmes que assistimos. Entre os beijos, os sorrisos, as pintas, os sonhos, os planos e até os cachorros.”
Editora do grupo editorial CJT, focada na publicação de livros de gênero, quadrinhos, ficção científica e romances LGBTQIA+