Silêncios e Cicatrizes

CARO LEITOR,

Neste livro, o autor nos permite refletir sobre dois problemas sociais que vêm aumentando estatisticamente e tornando-se comum em nossa sociedade – o RACISMO ESTRUTURAL e a AUTOMUTILAÇÃO. A sociedade é constituída de relações políticas, econômicas, culturais e familiares. O racismo estrutural ocorri, quando preconceito e a discriminação racial estão consolidados nessa organização, isto é, quando há privilégios de uma etnia em detrimento de outra. Quando falamos em automutilação, estamos nos referindo a lesões superficiais, moderadas ou graves, provocadas no próprio corpo, de diversas formas, com uso de objetos cortantes variados. Essa prática é mais comum entre adolescentes e jovens, para aliviar a dor psicológica e emocional, causada pela dificuldade em lidar com seus próprios sentimentos – por se sentirem solitários, sem encontrar com quem possam conversar sobre esses sentimentos. No ato, eles não sentem dor física; sentem um alívio temporário da dor e do sofrimento da alma. É preciso atenção e sensibilidade dos pais/responsáveis para perceber esse tipo de comportamento e o máximo cuidado para não formarem julgamento, nem praticarem agressão. O ideal é procurar entender a motivação e compreender que no silêncio, a automutilação pode revelar um pedido de socorro para resolver conflitos. Nesse sentido, é fundamental o papel da família e dos profissionais da escola, assim como da sociedade em geral, na busca de alternativas de prevenção e controle da prática do racismo e da automutilação. Incialmente, como espaço de escuta e acolhimento, numa relação de afetividade e confiança e, posteriormente, na busca de tratamento especializado, para que os adolescentes e jovens aprendam a lidar com conflitos e frustrações que causam dor e tensão emocional e que comprometem a vida pessoal, familiar e social. Os estereótipos, assim como a automutilação, quando não tratados adequadamente, podem evoluir para problemas mais graveis.

beijos