Nicollo e Antonella, uma vida na Costa Amalfitana

Naquele mar despedaçado, a escuridão chacoalhava no portal da eternidade. O mar gelado, cortante e insensível infringia temor de um impossível retorno mostrando indiferença no pensamento desalentado. O olhar distante e persistente martirizava algumas vidas no povoado pesqueiro, resgatando bravuras e solidariedade da maioria. Os homens mais duros sucumbiram naquela água vasta, traiçoeira e desafiadora, mas ela mantinha a aldeia sobrevivente através do pescado. A fome não os atingia e nos meses mais frios se alimentavam pelo estoque. O extenso mar de Bering abrigava enorme profundidade. Fora descoberto dezenas de anos atrás por Vitus Jonassen Bering em 1728, a serviço do governo russo. Em 1831, em barcos toscos, habitantes frequentavam seu mar, sinalizando um desequilíbrio das águas e da embarcação, com os aventureiros e tenazes homens a desbravar aquele inóspito mar, sua imensidão com águas revoltas e destino incerto. O vento frio, a chuva cortante assolavam a região.