Duas contas
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- Calcular freteSempre gostei de escrever, tanto quanto gosto de desenhar. Custo mesmo, às vezes, a saber do que gosto mais, mas mesmo assim, nesse conflito, vou levando a vida numa boa. Criança, eu já me metia a escrever coisas elaboradas, acima do normal, muito acima, suscitando dúvidas. Confesso que no meu curso primário tive problemas com as professoras, que se recusavam a acreditar que eu fizesse sozinho algumas redações. Por exemplo, metido, eu não deixava por menos. Usava palavras como corbeille (assim mesmo, em francês), subterfúgio, modorrento, etc. Era daqueles que quando aprendia uma palavra nova, incorporava como ganho no vocabulário e tratava de meter nas redações. Às vezes, nem minha mãe me entendia. E dizia: Betinho, pare de inventar palavras?!
Geraldo Roberto da Silva nasceu em Matozinhos (MG) em 1950. Graduado e Mestre em Artes Plásticas (UFMG e UFRGS). Aposentado da FURG/ Rio Grande, onde atuou de 1978 a 2014, como professor de Artes e Cultura Brasileira, nos cursos de Artes Visuais e Letras.
Artista plástico por profissão, retomou a literatura aos poucos, nos intervalos de sua produção como pintor e desenhista. Trabalha lentamente, um romanceprotesto chamado O diário de Fenelon (Título provisório).
Publicou até agora quatro livros: Os comedores de vidro, Ouvido absoluto e Antes que o Jatobá,