A porta entreaberta

Bloch, procurou em sua investigação entender a trama labirintica do tempo presente. Sua bússola investigativa nos orienta para regra da crise político-econômica em tempos de peste que devora [’akal- אכל] a vida em sua totalidade. Este avesso é uma montagem ossificada das classes médias a ideologia constituída na negação sem conteúdo, carregadas de saudosismo e frustrações na dimensão da promessa de um  reino milenar do Terceiro Reich de Adolph Hitler, esperança essa que conduz a destruição fundamentada na crença estupida, irracional. A armadilha capaz de cumprir seu dever que nas linhas essencias do pensamento de Ernst Bloch o discurso messianico hitletrista que possui a fraudulenta esperança corrempe a ordem social, dinamiza a instabilidade e alimenta os corações e mentes em uma objetivação sob o fundamento da inoperância, sua única verdade é a lógica da destruição – nada se realizará. O instável presente no êxtase descrito das massas que pode ir da paixão insana à desilusão de não ter substancialmente nada, uma regra permanente no antogonismo de classe. 
Esse desafio da filosofia blochiana presenta nas páginas deste livro surge no conflito dos opostos, cuja observação dialética percebe na trama da astucia da razão, a possível conjugação do elementos na perspectiva revolcionária da libertação que pode interligar a noite ao dia, o passado ao utópico, do porão do arcaico à antecipação do advento que surge ao cantar do galo. Uma novidade cuja  fantasia desperta, (BLOCH, 2005, pp. 102-103), transcende o porão do inconsciente‖ do sonho noturno para integralo ao sonho diurno de um ainda-não-consciente, algo que para nossa elucidação seria compreender que a quitação do passado historicamente falando só pode ser resolvida pela iluminação da capacidade imaginativa do  presente.