"A intervenção civil e militar brasileira de 1964 abusou da violência física e deixou à mostra a origem ilegítima do regime tirânico por ela imposto ao país. O primeiro Ato Institucional provou que os golpistas percebiam (advertidos pelo mago do autoritarismo, Francisco Campos) o escasso apoio popular em seu favor. Para fugir à pecha de meros autores dos sinistros pronunciamentos americanos, sobretudo os do Sul, os golpistas retomaram o slogan do fascismo, classificando a sua prática como Revolução. Soava patético ouvir o governante, ?eleito? pelos canhões e por um Congresso aterrorizado, em discursos contra os reacionários que deviam ser expulsos da vida pública nacional. Estranha revolução que, dispensando os cidadãos, ?se legitima por si mesma? (AI-1), numa espécie de asseidade só efetiva no poderoso ser divino."
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