Em janeiro de 1893, Julio de Castilhos e seu grupo político assumem o governo do Rio Grande do Sul, depois de uma eleição alegada de fraudulenta, pois não houve votos contrários, são os Republicanos (Pica-paus). Dos acampamentos no Uruguai e de todo interior do estado se insurge o grupo político de Gaspar Martins, os Federalistas (Maragatos). Ainda como reflexo do golpe de estado que extinguiu a Monarquia, ambos tentam impor suas ideias de nova República. Em fevereiro começam os combates que separaram o Rio Grande em dois, os lenços vermelhos e os brancos, na mais sangrenta guerra de nossa história. Numa guerra entre irmãos e amigos, na qual não se fazia prisioneiros, a execução era feita por degola, por falta de munição. Estima-se que dos doze mil mortos, três mil foram por degola. Nesse ambiente, nossos personagens tentam sair dessa guerra com o bem mais precioso numa batalha, a vida. Pode-se passar uma guerra sem morrer, mas não se passa sem matar.
Natural do Alegrete, em 1960. Formação em Administração e economia. Participação em coletânea de contos em 1980. Em 86/87 algumas poesias publicadas no jornal da Penha em São Paulo. Depois da aposentadoria, em 2021, tem publicado dois livros, Com sangue pelas canelas, um romance histórico sobre a Revolução Federalista de 1893 e Náufrago, livro de poesias.
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