"Exercício ficcional, baseado em personagens do romance ""O amante de Lady Chatterley"" de D.H. Lawrence, cuja leitura prévia é desejável. A ideia deste livro surge de um desejo grande de experenciar, enquanto processo, o exercício de uma escrita possível, não demarcada pelos meandros da diferença anatômica entre os sexos. Uma escrita pertencente a um território designado pelo imaginário homem/mulher torna rasa a condição da criação como força motriz que pertence somente ao que vem à escrita. De onde escrevemos? Neste desejo de vivenciar esta possibilidade surgiu ""Cartas Trocadas"", numa delicadeza de viagem e encontros entre o masculino e o feminino de cada um de nós. Vamos? Adriana Bandeira O desafio originalmente proposto consistia na tentativa de confirmar ou não a existência de uma escrita feminina, exclusiva e excludente, impedindo o acesso, enquanto espaço/estilo de criação, de qualquer autor do sexo masculino ou assemelhado. E também o contrário: legitimar ou desmentir a impossibilidade de uma escritora aceder aos códigos da masculinidade literária, assim como se houvesse, para cada um dos gêneros, algum tipo de reserva territorial. Era preciso, porém, fugir dos estereótipos, da mera imitação, da transliteratura e também do pastiche, do deboche ou da caricatura. Complicada missão. Jorge Rein"
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