"Contra a luz das quatro horas da tarde saltam as artérias artificiais do dia. No sol úmido do inverno, os olhos se pulverizam, e todas as coisas ? e a tarde ? são azuis tão cinza. A carne viva de cada hora se expõe. Rompe-se o véu de seda finíssima que cobre todos os objetos tocados com a força dos dedos. Lascam-se as unhas mais íntimas. Os automóveis são lentos, como se nadassem num rio de grosso mel. As pedras são duras. As flores, sujas. E então, com olhos novos: ele entra."
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