Este livro problematiza os processos de construção de uma escuta criativa acerca dos sons do cinema com estudantes de Educação Básica e aprofunda a pesquisa sobre a construção do ponto de escuta. Com base na filosofia da diferença, na filosofia da diferença traçamos uma cartografia dos acontecimentos da pesquisa, que foram produzidos a partir de aulas feitas em três das ?Escolas de Cinema CINEAD?, escolas públicas do Rio de Janeiro vinculadas ao Programa de Extensão CINEAD da Faculdade de Educação da UFRJ: Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant (escola que atende estudantes cegos e com baixa visão) e o CIEP 175 ? José Lins do Rêgo, escola na cidade de São João de Meriti, região metropolitana do Rio de Janeiro. Nas aulas foram desenvolvidas atividades com sons e com os sons de trechos dos filmes: Vermelho como o céu, de 2006, do diretor italiano Cristiano Bortone; Hoje eu quero voltar sozinho, do brasileiro Daniel Ribeiro, de 2014; O coro, do iraniano Abbas Kiarostami, de 1982; e A onda traz, o vento leva, do brasileiro Gabriel Mascaro, de 2012. Como apontamentos que a pesquisa sugeriu, é possível afirmar que os estudantes lançaram mão de construções de escuta que não baseiam-se apenas na lógica do aparelho auditivo, deslocando a relação com o som para o corpo, de forma mais ampla.
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