Tiago começa seu texto com uma “carta-phatos”, confessional mente escrita e endereçada às duas filhas, que “mal sabem articular as palavras”, mas são leitoras de seus carinhos, de seus olhos e de suas mãos. Paixão, excesso, passagem, afeto. Nela, ele se coloca como autor de vidas – das vidas de suas gêmeas, das vidas de seus alunos. O “drama” da autoria está dado, logo de início e mais uma vez. E Tiago não se subtrai a ele, pelo contrário: mergulha pro- fundamente nesse desconforto apaixonante da escrita cotidiana de histórias em vieses, na vida, na casa, na escola.