No presente livro analiso a performatividade de gênero de crianças em uma Escola Municipal de Educação Infantil na periferia da região nordeste da cidade de São Paulo — o distrito do Tremembé — refletindo antropologicamente sobre a constituição de feminilidades e masculinidades periféricas na infância. Neste campo foi observado o brincar, aqui tomado como uma atividade privilegiada, na qual o marcador de gênero aparece em ação, em uma conflitiva “socialidade” (STRATHERN, 2006) que demonstrava tanto rupturas quanto reafirmações da heteronormatividade e de categorias de gênero hegemônicas gestadas nas periferias.