Nas últimas décadas, a sociedade brasileira tem acompanhado a atuação cada vez maior de diferentes grupos sociais na defesa de uma demanda em comum: o reconhecimento das diferenças – étnicas, de gênero, orientação sexual, religiosas, entre outras – em diversos espaços políticos e sociais, entre eles o espaço educativo. São exigências que se manifestam através de diferentes cores, sons, ritos, saberes, crenças e no uso de diversas linguagens, que colocam esses movimentos diante da realidade histórica do desenvolvimento da educação em nosso país, marcada pela negação dos “outros”, física ou simbolicamente, para propor dinâmicas que impactam o fazer educativo. Fazer este que precisa considerar a tensão entre igualdade e diferença: igualdade de acesso a bens e serviços e reconhecimento político e cultural também no espaço escolar.