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Modelo: Rodolfo Witzig Guttilla

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Sobre o Livro
O poeta sabe: ao contrário da Água da Vida, garantia da imortalidade com que o homem sonha desde a mais remota Antiguidade, que jorra de uma única fonte, difícil de ser encontrada, a Poesia brota de muitas fontes, todas encontráveis em qualquer parte, sobretudo quando menos se espera. Poesia é como aquela Verdade de que fala Alberto Caeiro: só porque não fui procurá-la, encontrei-a. Basta que o poeta esteja atento às circunstâncias que se multiplicam, sem cessar, em seu redor (...).
O que temos é um largo e heterogêneo leque de interesses, que vão de breves notações a respeito da vida cotidiana (amendoim, futebol, picolé de limão, um cigarro, o celular, a TV) a altos voos metafísicos (o ardor patriótico, a morte do pai), passando por bares e lanchonetes, gatinhos paridos no sofá, a ingrata e a mais bruta solidão, o elefante no circo, a batalha do amor, umas citações em latim, umas referências mitológicas etc.; além de algum jazz, rememorado também com ardor, embora não patriótico (...):
Quase todos os seus poemas se inscrevem no âmbito da rememoração, lembranças quase sempre fragmentárias de um gesto, uma cor, um som, um sentimento, um lugar, uma frase, um objeto banal – algo que parece distante, solto, desparelhado, e, no entanto, revive, insistindo em permanecer. Em busca do tempo perdido, proustianamente? Parece que não. Nosso poeta resiste ao doce embalo da nostalgia. O passado e a memória aí comparecem para que o presente, aqui e agora, se imponha e ganhe algum sentido, deixando de ser aquele inglório recomeçar do zero, a cada dia. De onde proviria esse sentido senão da continuidade do já vivido, ainda que disperso, estilhaçado? Por isso as lembranças e circunstâncias se multiplicam nas coisas de fora, mas ecoam dentro da consciência que se interroga, e disfarça muito bem, com distanciamento e ironia, o seu desejo mais secreto, sabidamente irrealizável: a vida eterna, a completude, a perfeição.
Essa talvez seja uma das chaves que nos permita ler, com proveito, os novos poemas de Rodolfo W. Guttilla. Mas é só um exemplo. O leitor encontrará outras, porventura mais convincentes e mais proveitosas.
Carlos Felipe Moisés
Sobre o Autor Sobre a Editora Características

Rodolfo Witzig Guttilla nasceu em São Paulo, em 1962. Participou das antologias de poesia Sopa de Letras (1984), “100 haicaístas brasileiros” (1990), “Roteiro da poesia brasileira: Anos 80” (2010), “Transpassar: Poética do movimento pelas ruas de São Paulo” (2016) e “Clarões manifestos: haicais brasileiros” (2022), entre outras. Publicou os volumes de poemas “apenas” (1986), “Uns & outros poemas” (2005), “Ai! Que preguiça!..”. (2015) e, em parceria com Alice Ruiz S, “amorhumorumor: haikais & senryus” (2020) – os dois últimos pela editora Companhia das Letras. Pela mesma editora, organizou as antologias “Boa companhia haicai” (2009) e “Haicais tropicais” (2018).

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