Percurso onde não há
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- Calcular frete"Onde não há facilidade Ronald Augusto Para o leitor, o poema se apresenta, numa primeira aproximação, como que vertido em língua estranha, mas ao mesmo tempo remotamente familiar. Na comunicação poética, a imagem da leitura como algo rente ou similar à operação tradutória se impõe de modo decisivo. A comunicação poética pressupõe uma situação de embate com a dimensão da intraduzibilidade, do hermetismo, entendidos aqui como estilemas da condição de um limite disciplinador imposto pelo jogo de relações requerido ao poema. A poeta, com agudeza ?dulce ductilíssima, leva a efeito o pouco e o opaco constitutivos do poema enquanto instância negativa sempre prestes a dizer que medida nenhuma rutila?. Percurso onde não há instaura sua cadência no rastro do abismo? branco da página onde o sopro de Denise Freitas se perfaz sem transigir com o tolerável e o fácil. 1 Ronald Augusto é poeta, músico, letrista e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Confissões Aplicadas (2004), Cair de Costas (2012), Decupagens Assim (2012), Empresto do Visitante (2013) e Nem raro nem claro (2015). Dá expediente no blog www.poesia-pau.blogspot.com e escreve quinzenalmente no http://www.sul21.com.br/jornal/"