Dono de uma das dicções mais doídas da poesia brasileira, Pedro Dziedzinski rabisca versos em um contrato em branco, partindo de uma aura por vezes enfant terrible, por vezes crua. O poeta flerta com o fim como se brincasse com as palavras, como se tudo fosse um jogo de memória marcado por linguagem e dor, percepção e negação. Melhor ainda quando, nos poemas, quem fala é Dionísio, alter ego recorrente de Pedro, que encara o mundo com o olhar derrotado, mas brincalhão. Entre a lembrança e o esquecimento é onde vivem as vozes desse grande livro, um marco para a nossa literatura, sobretudo para a literatura.
Pedro Dziedzinski é natural de Barra do Ribeiro, Rio Grande do Sul. Publicou em 2017 o livro Frêmito-genitália pela editora Le Chien e Pealo, em 2019, pelo selo Ornitorrinco Edições. Atualmente reside em Porto Alegre. Contrato do Esquecimento (ou Te amo, e é como se treinasse para Faquir) é um apanhado de quatro anos.
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