Banzeiro Manso é uma sinfonia poética amazônica em versos, a ser acompanhada em todos os atos. Em todos cantos. Marta Cortezão no seu livro de estreia revela um mundo (o da poesia) e desvela outro (o do poema). Liturgia e epifania da palavra poética em estado de devir. Desde o título, um paradoxo que não se resolve (e se resolvesse não seria paradoxo). Orbita o leitor em uma espiral que o leva no meio do banzeiro e do qual ele não mais quer sair. E por que quereria? É como se esse estivesse sendo atraído pelo canto de Iara: ?Não tardes, Iara, tenho vazios / carentes de tua suave e rouca voz...?. (...) Na literatura portuguesa, o rio é um ente. Em Banzeiro Manso, é poente e insurgente de grande poesia. Os segredos são revelados nas correntezas dos versos, que embalam a rede e o enredo dos poemas em prosa (...) (...) Difícil acreditar que esse seja somente o primeiro de Marta Cortezão. É. Ela conseguiu domar o banzeiro, com um puro jeito Tupeba de ser... o Ser da poesia. Simplesmente?. ? Isaac Almeida Ramos Prof. Dr. em Literatura Comparada
MARTA CORTEZÃO, filha de Nelci e Alírio, nasceu em Tefé/AM e foi registrada na cidade de Uarini, lugar onde passou boa parte de sua maravilhosa infância. Residiu em Tefé largos e dourados anos. Atualmente, é cidadã do mundo porque os sonhos não admitem fronteiras, dessas que os seres humanos costumam erguer com seus muros invisíveis e intransponíveis. Esteve professora na rede pública do Estado do Amazonas durante pouco mais de duas décadas, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA/CEST/TEFÉ) de 2002 a 2010 e na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 2011. Sua paixão são os livros, em especial os de Tradição Clássica, mas também aprecia vários e importantes autores da literatura luso-brasileira. Seu interesse pela escrita vem de longa data, mas apenas há dois anos atirou-se, insana, neste remansoso rio de palavras que a banzeira manso por dentro. Em 2014 começou a publicar seus escritos em seu blog www.tefetupeba.wordpress.com e em sua página “Banzeiro Manso”, no Facebook; de onde nasceu o título do seu livro. Neste mesmo ano, estreou no mundo da escrita com publicação da poesia “Atreva-se”, na revista “Subversa, literatura luso-brasileira”. Participou em várias antologias, nacionais e internacionais, como “Revista Subversa – literatura luso-brasileira” (2015), “O silêncio de uma mulher”, “Inquietudes”, “Coexistência”, “A imortalidade amazônica”, “Antologia Brasil-Galiza” (2016). É também membro da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-amazônicos – ABEPPA.
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